O LeAction como habilitador da Aprendizagem Autodirigida

OSCAR SARQUIS • 20 de agosto de 2022

Como diz a Nancy Kline, mais importante que o QI de cada pessoa, a qualidade de tudo o que fazemos, e em especial, as atividades heurísticas, depende de forma substancial da maneira como estamos sendo tratados pelas pessoas ao nosso redor. 


A sociedade se organiza em torno de comunidades. O ser humano é gregário por essência, e nesse sentido organiza suas atividades em torno de relacionamentos. Não é diferente com o aprendizado. O aprendizado autodirigido não pode, assim, tornar-se uma ação de isolamento, autocontida. Aprender em comunidade é necessidade humana fundamental.


Ao final de tudo, é sobre ter gente do lado, do tipo “se joga que aqui tem rede”. Na abordagem convencional de aprendizagem, aquela que o Alex Bretas denomina de heterodirigida, a assistência é baseada em escrutínio, como um processo avaliativo. A abordagem autodirigida ressignifica essa assistência, que passa a ser de apreciação, digo mais, de apreciação comprometida, ativa. Trata-se então de criação de parcerias de apreciadores.


Mas aí surge um questionamento fundamental: o que significa apreciação ativa? Diz respeito à possibilidade de construção conjunta de conhecimento, de colaboração. Para isso acontecer, faz-se necessário a concepção de ambientes propícios ou arquiteturas, ou seja, jeitos de se estruturar as interações de modo a favorecer a aprendizagem colaborativa. E que princípio rege a construção dessa arquitetura? Ao invés de valorizar o comando e controle, da educação convencional, aquela heterodirigida, estimular o protagonismo, a autodireção, a autonomia e a liberdade de cada agente.


E o arquiteto desse ambiente acaba subvertendo o papel do educador convencional, deixando de controlar conteúdo. Ele passa a ser um arquiteto de condições. Tenho falado da LCP - Learning Content Platform (https://resenhastartup.design/lcp-learning-content-platform) como base para a estruturação desse ambiente de aprendizado autodirigido e colaborativo. A possibilidade de transmissão de conteúdos diversos, por múltiplos meios intercambiáveis, e autonomia para cria-los agrupá-los e consumi-los, em qualquer ordem habilita esse novo paradigma educacional.


Quero saber mais!
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